Viernes, 05 de diciembre de 2025
Volver Salamanca RTV al Día
Palácios do Povo
X

Palácios do Povo

Actualizado 14/07/2025 10:18

Quando nos referimos a palácios visualizamos de imediato estruturas sumptuosas e de grande dimensão, habitadas por elites e exibidas com símbolos de poder. Os palácios acompanham o nosso imaginário desde sempre, com histórias de reis e princesas, e também como espaços de afirmação de regimes políticos. Há sempre muito para dizer e escrever sobre palácios e quem os habita. Porém. há dias, tive a felicidade de ser confrontado com outra perspectiva sobre esta temática, referenciada por Eric Klinenberg: “Palaces for the People”.

Neste livro o sociólogo americano estimula o debate sobre a importância do espaço nas dinâmicas sociais, elegendo as infraestruturas colectivas como “palácios do povo”. Para Klinenberg “Quando a infraestrutura social é robusta, promove o contato, o apoio mútuo e a colaboração entre amigos e vizinhos; quando se degrada, inibe a atividade social, deixando famílias e indivíduos à própria sorte.” É justamente por isso que as bibliotecas, museus, colectividades, recintos desportivos, igrejas e outros espaços de culto, são espaços-chave da vida coletiva e da coesão social da nossa comunidade. Sobretudo nos territórios da interioridade cujos efeitos da sangria populacional vão deixando marcas terríveis na degradação e abandono destes palácios do povo.

Por isso é necessária uma nova consciencialização de políticos e outros decisores públicos para a importância desta questão. As geografias de baixa densidade precisam de gente com luz que dinamize a comunidade na defesa dos seus palácios, das suas infraestruturas sociais, para que a igualdade aconteça e a democracia não esmoreça. Os palácios do povo são lugares democráticos e de acesso livre e igual para todos. São espaços de resistência e de construção de comunidades coesas e fraternas. Precisamos deles, quais geografias de liberdade, para que as aldeias dos nossos territórios da interioridade continuem a ter vida e, sobretudo, futuro.

La empresa Diario de Salamanca S.L, No nos hacemos responsables de ninguna de las informaciones, opiniones y conceptos que se emitan o publiquen, por los columnistas que en su sección de opinión realizan su intervención, así como de la imagen que los mismos envían.

Serán única y exclusivamente responsable el columnista que haga uso de nuestros servicios y enlaces.

La publicación por SALAMANCARTVALDIA de los artículos de opinión no implica la existencia de relación alguna entre nuestra empresa y columnista, como tampoco la aceptación y aprobación por nuestra parte de los contenidos, siendo su el interviniente el único responsable de los mismos.

En este sentido, si tiene conocimiento efectivo de la ilicitud de las opiniones o imágenes utilizadas por alguno de ellos, agradeceremos que nos lo comunique inmediatamente para que procedamos a deshabilitar el enlace de acceso a la misma.