A frase em latim que dá título a este pequeno texto significa “preparado para tudo”. Mas será que estamos preparados para tudo ou que devemos estar preparados para tudo? Um exército pode estar muitas décadas sem entrar em operações reais mas tem que estar preparado para entrar em ação a qualquer instante. Nós também devemos ter consciência deste estádio; ou seja, devemos estar preparados para tudo, para as coisas boas e para as coisas más. O caminho é feito de alegrias e tristezas, vitórias e derrotas. Tudo faz parte de nós. Paulo Coelho diz-nos que “temos que estar sempre preparados para as surpresas do tempo.”
Mas, na verdade, só estamos preparados para as coisas boas na medida em que a alegria de viver é o nosso propósito. Os acontecimentos sombrios, as notícias más, deitam-nos ao chão, arrasam-nos. Nunca estamos preparados para as receber. Mas devíamos estar, tal como acontece com os exércitos que se preparam para tudo mesmo que não aconteça nada. Não devemos exacerbar em demasia nos tempos bons mas também não nos devemos deixar abater nos tempos maus.
A vida é uma montanha russa e um autêntico carrossel de emoções. Temos que estar preparados para elas. Um exército está sempre preparado mesmo que nada aconteça. Mas tem diferentes níveis de alerta. Nós também, mas no meio deles devemos encontrar espaços de descompressão para que não nos afoguemos na vigilância. Nos limites da nossa humana dimensão temos que encontrar os nossos territórios de conforto para nos deixarmos levar pela beleza das coisas, sobretudo para equilibrarmos o que deve ser equilibrado. E se formos ousados devemos querer sempre mais.
Mas para isso devemos, com disse Nietzche, estar preparados para nos queimarmos na nossa própria cinza. Caso contrário, como nos poderíamos renovar sem primeiro nos tornarmos cinza? Cada um de nós escolhe o seu caminho e segue em diferentes estados de alerta e preparação. Sabemos que não podemos fazer nada em relação ao que acontece, na medida em que não está no nosso domínio.
Mas se estivermos preparados podemos ter uma melhor reação sobre o que acontece. Podemos não dominar o acontece mas sempre podemos controlar a nossa reação. E isso, mais do que sabedoria, é o melhor sinal de preparação. Preparemo-nos ao mesmo tempo que nos deixamos levar por tudo o que de bom a vida nos oferece.
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