Somos demasiado duros connosco. A vida acontece como tem que acontecer. Enfrentamo-la. Aprendemos o que temos que aprender. Vivemos o tempo que nos é concedido em constante metamorfose. A dureza da vida exige a nossa determinação. Avançamos no caminho. Nem sempre as coisas correm como desejamos. Caímos e levantamos-nos vezes sem conta. Mas seguimos, exigindo sempre muito de nós, por vezes em demasia. Alejandro Jodorowsky diz-nos a este propósito o seguinte: “Aceita-te como és e terás silenciado o mais severo dos juizes.” Na verdade, julgamo-nos de forma implacável. Condenamo-nos de forma muito dura. Somos juizes severos do nosso comportamento. Penalizamo-nos por quase tudo o que fazemos, não fazemos ou pensamos. Exigimo-nos muito! Por isso, temos que nos aceitar como somos, com todas as nossas virtudes e defeitos, seguindo em frente na viagem. O nosso juiz interno tem que ser silenciado na medida em que ele é demasiado severo. Se nos aceitarmos como somos libertamo-nos das amarras que nos prendem ao chão impedindo-nos de voar. A nossa história é única e irrepetível. Mas para a continuamos temos que avançar em liberdade. Não somos perfeitos. A perfeição não existe na medida em que também tem um juiz severo dentro dela. O caminho está aí, diante dos nossos olhos, à nossa espera. Avancemos sem medo, aceitando-nos como somos e como vamos sendo. Os momentos de felicidade estão ao nosso alcance, basta que deixemos fluir o que deve fluir. Aproveitemos a jornada. É para isso que cá estamos.
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