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Sinais
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Sinais

Actualizado 19/10/2024 11:05

A vida dá-nos sinais. As pessoas que se cruzam connosco no caminho dão-nos sinais. Muitas vezes não prestamos atenção às coisas, aos sinais que chegam até nós de forma evidente ou dissimulada. Outras vezes, percebemo-los mas não os queremos aceitar. Fingimos que não entendemos o que nos querem dizer. Assobiamos para o lado, na esperança de termos percebido mal, enganando-nos por dentro e contrariando o que o coração manda. A vida é uma roda-viva que gira em ritmo frenético. Não temos tempo para nada, dizemos. Mantemo-nos à tona, num turbilhão de emoções em cascata. Esforçamo-nos no caminho. Contamos com dias preenchidos que esticam as horas muito para além do razoável. Vivemos a tempo inteiro, sem contemplarmos grande espaço para nós, para a nossa individualidade e intimidade. A vida exige muito de nós. Seguimos os seus passos acelerados. Não questionamos nada. Não paramos para pensar. Não escutamos nem observamos os sinais que chegam até nós a todo o tempo. Estamos demasiado distraídos ou fazemo-nos distraídos para não reflectirmos sobre o que acontece. Fazemos mal. Devemos dar importância aos sinais, começando pelos que as pessoas no dão. E por vezes são claros. Muito para além do que as pessoas dizem, estão os seus silêncios e, sobretudo, as suas atitudes. Os sinais que emitem, a todo o instante, dizem-nos, de forma evidente, se nos querem na sua vida, ou não; se contam connosco ou não ou ainda (entre outros) qual é o nosso lugar na vida delas. Por não estarmos atentos aos sinais - justamente por andarmos demasiado ocupados e em corridas frenéticas com sentido giratório – esbarramos contra montanhas de problemas e alguns desgostos que podiam e deviam ser evitados. Devemos estar mais atentos. Devemos prestar atenção aos sinais. Devemos deixar ir o que não é para ficar. Não devemos insistir com quem não quer partilhar a vida ou espaços e momentos da vida connosco. Se prestarmos atenção ao que acontece à nossa volta, e aos detalhes que fluem de forma livre, percebemos, com exactidão, quando devemos soltar ou abraçar. Se assim fizermos, libertamo-nos do fardo que representamos para os que não nos querem e que nos vão suportando por causa desta ou daquela circunstância. Se nos libertarmos, ficamos todos mais leves. Tudo fica mais leve! Todos ficamos mais leves ao mesmo tempo que reduzimos o canteiro onde a hipocrisia cresce em abundância. Como a vida é demasiado curta devemos preservar-nos mais e ter mais respeito pelos outros. Para isso temos que estar com mais atenção aos sinais que a vida e as pessoas nos dão. Interpretá-los e reflectir sobre eles é uma obrigação. Depois disso, precisamos de assumir a nossa condição. Saibamos soltar ou abraçar com frontalidade. Quando gostamos mesmo devemos abraçar sem limites e verbalizar o que sentimos, sempre! Quando não gostamos ou quando percebemos que não gostam de nós devemos soltar sem alarido ou queixume. Devemos deixar ir para que cada um siga o seu caminho. O sentido desta breve narrativa é um apelo à nossa atenção em relação aos sinais, para que encontremos o tempo e o espaço para os interpretar. Se assim fizermos, seremos todos mais felizes e certamente mais leves. A vida é bela. Mas também é um sopro. Aproveitemo-la antes que a chama se extinga. Apreciemos os seus detalhes. Detenhamo-nos no prazer dos momentos especiais e de todos os abraços e beijos que nos enchem a alma. Vivamos o tempo que é nosso enchendo-o de luz e alegria! Libertemo-nos das areias que danificam a engrenagem para deixarmos os nossos corações fluírem nessas searas da felicidade.

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