Sábado, 06 de diciembre de 2025
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A terra fértil da humildade
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A terra fértil da humildade

Actualizado 14/08/2022 10:15

Somos humildes quando reconhecemos as nossas limitações e fraquezas e agimos em conformidade. Mas também somos humildes quando reconhecemos as nossas forças e capacidades sem as exibirmos aos quatro ventos, contendo todos os impulsos para a exteriorização do orgulho e da arrogância. Muitos confundem humildade com pobreza e com autodesvalorização. A humildade é uma qualidade extraordinário do ser humano. Nem todos alcançam esse patamar de exaltação, independentemente da sua condição económica ou social. Muitos, julgando que estão a ser humildes desvalorizam-se perante os outros. Humilham-se a toda a hora. Diminuem-se para caberem no espaço ou no coração dos outros. Alejandro Jodorowsky diz-nos para não confundirmos “ ser humilde com autodesvalorização. Se fez o que está certo, seja justo consigo mesmo, congratule-se.” Na verdade ninguém se deve desvalorizar perante os outros , muito menos perante a nossa própria identidade. Podemos valorizar o nosso caminho sem desvalorizar o caminho dos outro. Todos merecemos respeito e dignidade. Todos nos podemos encaixar nos outros sem nos diminuirmos ou ajustarmos em modo forçado.

A humildade que viajou da antiguidade até ao nosso tempo a partir da origem “humus” que significa terra, e que está disponível para receber a semente que a tornará fértil, liga-se sempre ao homem, à criatura nascida dessa safra; ou seja, aquele que fica no chão, “humilis.”

A terra que está à nossa frente precisa de ser trabalhada e cuidada para que dela brotem os elementos da vida e da prosperidade. Sejamos humildes perante a terra fértil das nossas consciências, respeitando todos nas suas diferenças, cumprindo a estrada da dignidade a que todos temos direito. Precisamos de voltar a colocar os olhos no chão para percebermos melhor a terra que os nossos pés atravessam, deixando de andar nas nuvens de todas as ilusões e arrogâncias que apenas dispersam o que deve estar unido. Ninguém é melhor que ninguém. Ninguém é inferior a ninguém. Somos diferentes na igualdade. Somos iguais em todas as diferenças. Ficamos no chão, contemplando a terra fértil, trabalhando em comunidade, com todos, para aspirarmos a essa exaltação maior que é o exercício simples e descomprometido com a humildade. Para que isso aconteça esse exercício tem que vir de dentro. Tem que ser verdadeiro para não se confundir com uma humildade camuflada que se movimenta para alcançar uma determinada finalidade. O tempo passa a correr. Por isso, alargamos geografias se formos justos connosco e com os outros, respeitando-os e assumindo as suas e as nossas diferenças. Na verdade, temos que ser humildes nesta terra fértil da nossa humanidade para que a luz do horizonte seja sempre um sinal de esperança.

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