A vida é, como nos disse Fernando Pessoa, “o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos.” Na verdade, a viagem, segundo Bruce Chatwin, “não é só necessariamente o ir de um lugar para o outro, mas todas as infinitas oportunidades que acontecem nesse percurso.”
Às vezes, ficamos demasiado tempo no mesmo lugar. Permanecemos quando o coração nos pede para avançarmos. Deixamo-nos aprisionar pelas responsabilidades e pelos compromissos em excesso. O peso de tantas coisas desenha todas as correntes que nos amarram ao mesmo lugar. Precisamos de ir para ver, conhecer e sentir.
Precisamos de viajar para “mudarmos a roupa da alma” (Mario Quintana). O tempo é sempre curto. Por isso temos que partir ao encontro de novos lugares e do novas geografias humanas. Acima de tudo, temos que ir ao encontro de nós, descobrindo-nos no caminho. Viajar não é apenas ir ou chegar. Viajar “é ir mirando o caminho, vivendo-o em toda a sua extensão e, se possível, em toda a sua profundidade, também. É entregar-se à emoção que cada pequena coisa contém ou suscita.
É expor-se a todas as experiências e todos os riscos, não só de ordem física, – mas, sobretudo, de ordem espiritual. Viajar é uma outra forma de meditar. (Cecília Meireles). Naturalmente que o dinheiro não chega para tudo. A falta dele condiciona muitas opções e agarra-nos ainda mais aos lugares de onde desejamos partir para sempre regressar.
Mas, apesar dessas circunstâncias que afetam a grande maioria, temos que inventar e reinventar opções, ajustando as velas da navegação à nossa capacidade orçamental. Tudo se pode fazer se o nosso espírito for livre. Precisamos de ousar sonhar com caminhos e destinos diferentes para podemos voar. Há sempre saídas e regressos, de pequena ou grande dimensão. Temos que ir. Temos que avançar para sempre regressar. Sim, temos que mudar a roupa da alma!
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