Caminhamos para o tempo do solstício que a natureza nos impõe. Com a chegada do inverno o contexto que nos envolve adapta-se a um novo ciclo. É um tempo de metamorfose, de mudança. As árvores despem-se, largam as suas folhas, para preservarem as suas raízes.
A noite longa chegará para alargar o tempo das trevas e, ao mesmo tempo, fundar o caminho de luz e esperança que, todos os dias, se constrói a cada passa até à chegada da primavera de todos os recomeços. É, justamente, neste período de recolhimento que devemos, junto ao fogo que aquece e ilumina as nossas cavernas, reflectir sobre tudo o que a natureza nos ensina em cada estação.
Este é um tempo de afectos que estimula a nossa solidariedade que, ente muitas outras coisas, devia ser alargado ao longo do ano. O espírito do Natal que se vai entranhando aos poucos nos nossos corações devia ser estendido na nossa vida fazendo brotar dele a prática diária de ajuda aos outros para sermos, todos, mais felizes.
A este propósito o Papa Francisco diz-nos que “os rios não bebem a sua própria água; as árvores não comem os seus próprios frutos. O sol não brilha para si mesmo; e as flores não espalham a sua fragrância para si. Viver para os outros é uma regra da natureza. (...) A vida é boa quando você está feliz; mas a vida é muito melhor quando os outros estão felizes por sua causa".
É exactamente isto, este encanto de mensagem, que devemos transformar em realidade neste tempo solsticial, seguindo o exemplo que a natureza nos oferece. Se todos perceberem que são mais felizes ajudando os outros as nossas comunidades brilharão mais na medida em que serão mais justas, coesas e solidárias. E não precisamos de realizar grandes empreitadas.
Devemos promover os gestos simples e as pequenas coisas que, em somatório comunitário, serão sempre espelhos da grandeza da alma. Ajudar faz-nos bem. E não há nada melhor que ver os outros felizes por causa das coisas que fizemos. A vida é uma benção se a soubermos cuidar. Não sejamos ingénuos, as trevas estão aí. Temos que as combater com todas as nossas forças. É por isso que temos que ser luz onde ela faz mais falta. O fogo que nos aquece neste tempo solsticial deve chegar a todos os corações, porque todos, sem excepção, merecem a felicidade.
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