, 28 de abril de 2024
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Vencedores e perdedores: uma catalogação desnecessária
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Vencedores e perdedores: uma catalogação desnecessária

Actualizado 20/11/2023 07:58
Miguel Nascimento

Há dias cruzei-me com um texto de Rosa Montero, jornalista e escritora espanhola. As suas palavras juntas arrebataram-me. Estimularam a minha inquietação na revisitação de muitos episódios do caminho. Rosa Montero escreveu , na sua coluna do El País, entre outras coisas, o seguinte: (…) “Nada más falso que dividir el mundo entre vencedores y perdedores.

La vida es um continuo de altibajos y, para más confusión, esos altibajos a menudo se dan a la vez. Es decir: una puder estar triunfando con sus amigos y pifándola con su pareja, atinando um pleno en el trabajo y hundiéndose en el trato con sus hijos. Vivir es um maldito lío, eso es innegable, pero la buena notícia es que los líos se desenredan, los días fluyen, las cosas cambian y una sempre tiene la posibilidad y la esperanza de aprender a vivir um poco mejor (…)”. A nossa sociedade valoriza os vencedores, colocando-os em pedestais para serem admirados e depois destruídos.

Os perdedores, mesmo que tenham cruzado a meta uns segundos depois serão sempre os segundos e não os primeiros. Como muitos gostam de reforçar, os segundos são os primeiros dos últimos que jamais alcançarão a glória destinada a todos os que chegam em primeiro. Mas a vida não acontece a preto e branco. Ela é uma paleta de cores. Um frenesim. Uma viagem atribulada de altos e baixos, com muitas coisas a acontecerem ao mesmo tempo. A manta das nossas vitórias numa parte da nossa vida pode ser curta para tapar as derrotas irreparáveis que acontecem noutra, nomeadamente quando estamos demasiado focados com deslumbramentos efémeros.

Concordo em absoluto com Rosa Montero e com a sua lição magistral, condensada num texto de jornal. Perdemo-nos em catalogações desnecessárias e em tentativas frustrados de divisões inúteis. Nós somos inteiros, nos dias bons e nos dias maus. Vencemos aqui e perdemos além. Aceitamos as vitórias e as derrotas com igual dignidade. Aprendemos, sobretudo com as derrotas.

Avançamos no caminho procurando, todos os dias viver um pouco melhor com tudo o que fomos aprendendo. No avanço desta linha de reflexão socorro-me de J K Rowling:” É impossível viver sem fracassar em algo, a não ser que se viva tão cautelosamente que é como não se estivesse vivendo – o que também é um fracasso.” O nosso caminho precisa de equilíbrio.

Devemos promovê-lo a todo tempo, sobretudo nos dias de maior escuridão. Na verdade, podemos vencer com estrondo no acessório e perder no que é essencial sem nos darmos conta. E se não fizermos conta podemos vencer perdendo tudo o que tem significado para nós. As vitórias e as derrotas caminham juntas a todo o tempo. Por isso, devemos fazer as escolhas certas para termos sempre luz no coração.

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