Hoje tem início um tempo de espiritualidade intensa. A Semana que, aparentemente, é igual a todas as outras, tem um significado maior para os cristãos católicos. Será Santa e plena de momentos de reflexão sobre a caminhada terrena em direção ao oriente celestial. O Domingo de Ramos marca a entrada triunfal do poder da palavra e da fé em Jesus Cristo na cidade Santa de Jerusalém. Reforça a mensagem da humildade e da simplicidade que nem todos apreendem, justamente porque se perdem no meio da festa. Dentro de dias chegará a traição, a paixão e a ressurreição. O tempo será denso até ao próximo Domingo de todas as aleluias. Esta semana será como uma ponte que se atravessa no cumprimento das veredas da interioridade que devemos percorrer com o coração. O tempo segue complexo e exigente. A humanidade encontra-se numa grande encruzilhada. Hoje, neste domingo, serão erguidos ao alto os ramos de oliveira e depositaremos neles a esperança da paz que tarda em chegar. Caminharemos em silêncio entre os pontos de espiritualidade maior da geografia onde de nos encontramos, do chão que será sempre a linha da nossa peregrinação. Caminharemos lado a lado com a sonoridade quaresmal que nos envolverá, se deixarmos que isso aconteça, com o seu manto de redenção. Meditaremos sobre as nossas insuficiências, limitações e erros. Saibamos, nesta nossa peregrinação pelas veredas da interioridade, encontrar a serenidade que nos guie até à luz do caminho. A primavera que recentemente veio ao nosso encontro está aí, esplendorosa como sempre, a dar-nos todos os sinais. Saibamos interpretá-los, mergulhando na sua paleta de cores, para pintarmos todos os caminhos de esperança que ainda não existem. Na nossa peregrinação seguimos de olhos postos no chão para, em sinal de humildade, reconhecermos as nossas falhas. Mas, a cada passo do caminho, temos que levantar a cabeça para vislumbramos quem precisa de ajuda. Se ajudarmos estamos a ajudar-nos, completando-nos. A nossa peregrinação será mais elevada e significativa se soubermos ir ao encontro da realidade que está à nossa volta. Não precisamos de procurar muito para vermos que há muito por fazer. Há muitas obras de misericórdia para cumprir, muitos abraços e beijos para entregar e também muitas palavras para dizer. Comecemos por aí a nossa viagem porque todos somos peregrinos em direção ao nosso coração. Encontremos a terra santa que há em cada um de nós para nela semearmos a esperança e a felicidade que todos merecemos viver.
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