Viernes, 19 de abril de 2024
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Cuida-te
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Cuida-te

Actualizado 22/01/2023 09:50
Miguel Nascimento

De forma generalizada damos mais valor às pessoas, coisas e momentos quando os perdemos. Enquanto os damos como adquiridos não valorizamos a presença. Não dizemos de forma abundante às pessoas que gostamos delas e, sobretudo, que as amamos. Quando partem para os lugares sem retorno ou quando saem da nossa circulação próxima, damo-nos conta da importância que tinham para nós. Mas depois já é tarde. Os ponteiros do relógio já não podem andar para trás. Já não podemos mudar o que já passou. As pessoas já não estão. Choramos por elas e a saudade aperta. Mas temos que seguir em frente procurando emendar a mão noutra latitude porque ali já não há nada a fazer. Mas também não podemos cair no extremo oposto; ou seja, não podemos estar sempre disponíveis para os outros ao ponto de não valorizarem a nossa disponibilidade na medida em que estão sempre a contar com ela. Do mesmo modo também não nos podemos tornar demasiado presentes na vida dos outros ao ponto de não notarem a nossa existência. Às vezes tornamo-nos invisíveis, justamente porque estamos demasiado presentes e disponíveis. O nosso caminho que se cruza sempre com o dos outros precisa de equilíbrio e sabedoria. Devemos temperar-nos como o sal e as especiarias da comida. Se tudo for em excesso podemos estragar. Mas se for de menos podemos ficar insossos, nós e a comida. A mão que tempera deve ser a mesma que comanda a velocidade da viagem e a dimensão da nossa entrega, à vida e aos outros. Temos sempre que ser nós por inteiro para termos interesse para nós e para os outros. Temos que saber cuidar de nós para cuidarmos dos outros. Se não nos valorizarmos ninguém nos valorizará. Se nos anularmos para agradar deixamos de existir passando à condição dessa imensa invisibilidade de afectos. Não precisamos de estar no centro do palco a toda a hora e em todo o tempo. Pede-se serenidade e tranquilidade para cuidarmos do nosso canteiro e regarmos todas as nossas rosas. Temos que cuidar de nós para chegarmos aos outros, para os abraçarmos e beijarmos sem nos perdermos de nós. Por vezes não há luz no caminho. Então a luz da viagem tem que ser alimentada por nós, pela nossa essência. Mas se seguirmos em grupo a luz será maior, desde que nos respeitemos para nos amarmos, cada um no seu espaço para depois, em consciência plena, formarmos um só. Se não nos cuidarmos tudo será em vão tal como todos os sonhos que acabam quando

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