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As longas e silenciosas metamorfoses
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As longas e silenciosas metamorfoses

Actualizado 19/11/2017
Miguel Nascimiento

"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses." Rubem Alves

As longas e silenciosas metamorfoses | Imagen 1

A vida é um caminho em constante transformação. Às vezes damo-nos conta disso. Outras vezes não. Cada dia é um mundo novo que desperta em nós. Seguimos o nosso caminho e contemplamos a paisagem. Seguimos viagem como se fosse uma coisa instintiva. De vez em quando paramos para admirar uma flor e cheirar o seu perfume. Se tivermos sorte cruzamo-nos com um borboleta que parece sempre uma flor que voa nas asas do vento. Admiramos a sua beleza e encantamo-nos com o seu deslizar no espaço do nosso horizonte visual. Raramente pensamos na metamorfose por que ela passou até chegar a este estádio maravilhoso. Mas se reflectirmos um pouco sobre as mudanças do tempo e do espaço percebemos, como nos disse Rubem Alves, que não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses." Precisamos desse tempo em nós, do silêncio e de todas as transformações que construirão a nossa fortaleza. Tudo tem um tempo. É preciso saber esperar. É preciso saber apreciar a espera e vivê-la com todas as suas cores. O cosmos alinha-nos. Faz-nos saborear o caminho. Abana-nos a cada curva do caminho para aprendermos as lições que cada mudança transporta. Entretanto as borboletas continuam o seu bailado entre as flores do jardim. A brisa que sopra de forma leve parece querer dançar com elas. E nós mudamos a cada minuto que passa. Ganhamos dimensão e alma com todas as metamorfoses, principalmente as que são longas e silenciosas. Nem sempre damos conta disso. Mas elas acontecem em nós com mais intensidade do que julgamos neste nosso caminhar desatento e frenético. Temos que aprender a parar um pouco para contemplarmos as borboletas e entramos com elas neste baile da vida que deve ser pintado com todas as cores e perfumes. Tal como as borboletas também devemos abrir as asas para largarmos os casulos em que nos metemos para seguirmos viagem e sentirmos a poesia do sol em todos os prados verdejantes. O silêncio falará mais alto nesta nossa imensa e longa metamorfose.

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