A importância dos homens livres

Os homens livres foram sempre determinantes para a concretização dos avanços da humanidade. Ao longo dos séculos todos foram essenciais para que as mudanças ocorressem a nível local e global. Hoje, o todos, tem que, felizmente, abraçar, ao mesmo nível, homens e mulheres que estimulam todos os avanços civilizacionais. Ontem como hoje, foram as mulheres e homens livres, de espírito livre, libertos de amarras e dependências, que fizeram avançar a humanidade. Nunca chegaríamos até aqui, até este patamar humanista, de concretização científica e de projecção dos caminhos do futuro se estivéssemos nas mãos dos dependentes dos sistemas que apenas olham para os seus interesses e circunstâncias. Não raras vezes os homens e mulheres livres acabaram na miséria, no degredo e na exclusão social por resistirem à lógica do sistema reinante. Foram eles e elas que quebraram tabus e derrubaram barreiras aparentemente intransponíveis para que o mundo pulasse e avançasse. Apesar do caminho andado o nosso tempo está repleto de lacaios de pequenos e grandes interesses. Está cheio de lambe-cus que corporizam o culto do chefe a troco da manutenção de um lugarzito num qualquer corredor de poder. Os dependentes andam por aí, sorridentes, acenando-nos com a cabeça como sinal de reconhecimento da sua auto-satisfação pela posição alcançada. O labecubismo tem-se multiplicado com aparente sucesso. E por contraponto os homens e mulheres livres vão-se minguando nas suas geografias de resistência. E os que, apesar das dificuldades de sempre, continuam a querer fazer as mudanças para que, verdadeiramente, nada fique na mesma, encontram obstáculos e montanhas feitas de dependentes ao virar de cada esquina. Vão resistindo como podem mas a estupidez da dependência vai engrossando as fileiras do tempo vazio e opaco. O chefe gosta de estar rodeado de tolos e de abanadores de cabeça que, a qualquer instante se colocam de joelhos para exercerem a sua verdadeira função: lamber cus aos chefes! E fazem-no com aparente alegria e determinação. No final do dia olham-se ao espelho, julgando-se os maiores. Os outros, os que pensam e trabalham para que as liberdades de todos aconteçam, questionam-se a cada volta do caminho e têm sempre muitas dúvidas se estão a cumprir, de forma correcta, a missão de pensar e executar com ética, humanismo e responsabilidade. No final do dia olham-se ao espelho para identificarem as rugas e as cicatrizes do combate e de todas as batalhas travadas. Nesse momento encolhem os ombros e pedem forças para continuarem a demanda. Sabem que apesar de todos os erros que cometem e de todas as insuficiências que encerram têm de continuar a exercer a sua liberdade, resgatando todos os que puderem dos reinos da estupidez e das dependências. Afinal a esperança renova-se a cada manhã de sol.