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Quando a comunicação falha
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Quando a comunicação falha

Actualizado 25/10/2020
Miguel Nascimento

Quando a comunicação falha | Imagen 1

Comunicar é mais do que escrever ou falar. Comunicar é, acima de tudo, saber ouvir e interpretar silêncios. É falar com o com o corpo e descodificar as mensagens não-verbais. Vivemos num espaço global e numa gigantesca aldeia onde as novas tecnologias da informação nos fazem chegar a todas as geografias à distância de um clique. Recebemos múltiplas comunicações a toda a hora e de todos os lados. Apesar disso nunca a comunicação nunca foi tão difícil. Complicamos o que deveria ser simples. Contribuímos para o aumento do ruído onde deveriam existir silêncios. Esbracejamos reações de forma irritada a tudo e a todos. Deixámos de nós ouvir e de escutar os outros. Por isso é por muitas outras razões concordo com Alejandro Jodorowsky quando nos diz o seguinte: "entre o que eu penso, o que quero dizer, o que digo e o que você ouve, o que você quer ouvir e o que você acha que entendeu, há um abismo." Temos muito que fazer se quisermos encurtar todos os abismos que fomos cavando ao longo da nossa viagem. Se não fizermos isso rapidamente estaremos a desperdiçar o tempo e as nossas vidas. A comunicação encerra em si a maravilhosa arte de saber ouvir. Escutemo-nos! Saibamos interpretar os nossos silêncios e os dos outros, sobretudo os que se escondem debaixo da gritaria permanente que enche os nossos dias de palavras vazias e cansadas. A viagem é curta como sabemos. Daí que a simples ideia de perdermos tempo é um disparate. Mas é precisamente por aí que se cavam abismos dentro de nós e na relação com os outros. Se nos formos desprendendo dos comunicações pesadas e sem conteúdo teremos mais espaço e sobretudo mais tempo para apreciarmos as palavras simples que dão sentido à nossa vida. Se no meio da confusão que continuará a existir soubermos seleccionar as palavras, os gestos e os silêncios que importam estaremos ao mesmo a desenhar um caminho com mais luz e felicidade. Mas para que isso aconteça temos que saber utilizar a razão e a emoção nos passos que damos para não nos deixarmos enredar na cegueira colectiva que por aí circula em roda livre.

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