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A importância do "foco" na nossa vida
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A importância do "foco" na nossa vida

Actualizado 29/01/2017
Miguel Nascimiento

"A tecnologia degrada a nossa concentração", Daniel Goleman

A importância do "foco" na nossa vida | Imagen 1

Vivemos num tempo completamente disperso. A nossa visão é panorâmica em função dos múltiplos canais e informação que chegam até nós. Consumimo-nos em diferentes plataformas. Fazemos mais coisas ao mesmo tempo. Tudo circula a uma velocidade vertiginosa. Temos mais informação, mas menos concentração. Não estamos atentos para o que devíamos estar. Dispersamo-nos com a multiplicidade de ideias, fenómenos e coisas que circulam à nossa volta. Não estamos atentos. Não estamos serenos. Não estamos focados. Por isso, não conseguimos identificar um caminho e muito menos percorrê-lo com sucesso. Andamos à deriva. Somos empurrados para todas as direcções em função de impulsos, quase nunca por determinação ou estratégia. Podemos sempre dizer que é bom fazermos muitas coisas ao mesmo tempo. Mas estamos enganados. Fazemos tudo de uma forma quase mecânica mas não nos focamos no essencial. E o essencial é a nossa vida, somos nós e as pessoas que vivem connosco na nossa esfera de intimidade, no círculo de amigos e também na nossa actividade profissional. No seu livro recente - "Foco" - Daniel Goleman fala-nos da atenção e do seu papel fundamental para a obtenção do sucesso. Diz-nos também que "a tecnologia degrada a nossa concentração." Para todos os que vivem num mundo "distraído" a concentração assume uma importância fundamental para nos mantermos no caminho e, acima de tudo, para definirmos quem somos e o que queremos. Na palavra de Steve Jobs "ter foco é saber dizer não" para podermos seleccionar cuidadosamente o que pretendemos no sentido de não nos distrairmos com tudo o que gira à nossa volta e que aumenta a nossa dispersão. A informação chega-nos a cada instante mas é confusa, densa e sobretudo nega-nos tempo e espaço para a interpretarmos. Uma coisa e o seu contrário entram no nosso horizonte visual num abrir e fechar de olhos. É tudo muito rápido. Mark Twain disse-nos para "não confiarmos nos nossos olhos quando a nossa imaginação está fora de foco". E como andamos pouco focados o que os olhos vêem é também uma realidade distorcida e superficial. Desejamos tudo e não temos nada. Corremos de um lado para o outro mas não amanhece mais depressa. É o nosso tempo que está demasiado acelerado. O outro, o real, corre no seu tempo como a água que escorre pela montanha abaixo. Mas, entre querermos agarrar isto e aquilo não percebemos como o tempo voa e nos vai tornando nas sombras do que verdadeiramente poderíamos ser. Para contrariarmos isso precisamos de vontade. E de foco. Seguindo a receita de Daniel Goleman precisamos, em primeiro lugar, de nos focar em nós. Depois nas pessoas que convivem connosco e, finalmente, no mundo que nos abraça todos os dias. Se prestarmos a devida atenção e se nos conseguirmos focar no que é essencial podemos perceber como afectamos o mundo e como o mundo nos afecta. Finalmente encontraremos o caminho para o podermos percorrer. Aí surgirá a verdadeira esperança de podermos ser felizes. Afinal não é o que todos desejamos? Cada dia é uma aventura nomeadamente neste chão que pisamos e que cada vez mais se parece com as peças de um puzzle que é preciso juntar e colocar no lugar certo para que o quadro todo se apresente nítido diante dos nossos olhos. E nem todos os dias conseguimos fazer isso. Nem todos os dias são bons. Às vezes não conseguimos encaixar as peças e, provavelmente, não nos conseguimos encaixar em lugar nenhum! Noutros dias nem sequer encontramos o jogo para jogar! E tudo acontece devido à nossa falta de foco. Mas, como os dias não são iguais há sempre manhãs de sol e raios de luz no horizonte que ilustram a sabedoria de Dalai Lama quando nos recorda o seguinte: "Eu encontro esperança nos dias mais sombrios, e foco nos mais brilhantes. Eu não julgo o universo." É tudo uma questão de equilíbrio e de foco. Afinal só precisamos de mudar de atitude para não nos perdermos neste mundo confuso e distraído.

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