A vida coloca-nos à prova. Testa os nossos limites físicos e emocionais. Seguimos viagem transformando o caminho numa grande sala de aula onde aprendemos os limites que a comunidade nos impõe. Somos formatados, desde sempre, neste registo de imposição … de fronteira que não se pode atravessar. Para além daquela linha, na maioria das vezes imaginária, deixamo-nos estar aquém para não passarmos além. Talhemo-nos em vez de nos libertarmos. Diminuimo-nos em vez de nos agigantarmos. Cumprimos as regras. Respeitamos as imposições. Impomo-nos novas imposições para refrearmos os nossos ímpetos de liberdade. A vida em comunidade tem destas coisas. Tem limites que precisam de ser observados e sobretudo cumpridos para que a lógica da organização se imponha. Não podemos viver no caos nem na confusão absoluta. Os limites existem para limitar. Foram inventados para isso. Mas se nunca ousarmos ultrapassar os nossos limites e tantos dos outros que nos impõem nunca conseguiremos cumprir todos os sonhos que existem dentro de nós! Precisamos, em primeiro lugar, de desafiar o nosso “eu” que está condicionado pelas fronteiras que conhecemos e outras que, por não as ousarmos atravessar, nunca chegaremos a conhecer. A vida é uma aventura. Precisa de regras e limites para gerar os equilíbrios necessários. Porém ninguém consegue viver uma aventura sem se aventurar. Se quisermos adicionar algum tempero a esta linha recta que percorremos precisamos de desenhar algumas curvas, saltar barreiras e ultrapassar fronteiras. A vida é só uma. Temos que a usar bem. Para isso temos que ir além dos nossos limites. Nem sempre sabemos quais são. Se não ousarmos nunca os poderemos conhecer e ultrapassar. Não podemos ficar colados ao chão à espera que a vida aconteça. Temos que a desafiar como ela nos faz todos os dias. O limite entre o possível e o impossível é a nossa liberdade alavancada pela determinação. Vamos em frente, sempre! Para não ficarmos aquém temos que ir muito para lá do além. Vamos a isso!