A vida que acontece testa as nossas capacidades a todo o tempo. É assim que crescemos, aprendemos e nos metamorfoseamos. Fintamos o destino enfrentando-o, tantas vezes, no fio da navalha. Esta expressão, sobejamente conhecida, representa a vivência de uma situação de perigo iminente, onde qualquer passo em falso pode resultar em consequências graves. No caminho atravessamos muitos vales e montanhas. Enfrentamos muitas situações adversas, sendo certo que algumas encaixam no perfil do “fio da navalha.” Tendo consciência disso temos que actuar com sabedoria e ponderação, sobretudo quando todos os que criaram as circunstâncias desse momento não querem saber disso para nada. Quando confrontados com estas realidades temos que agir com cautela e prudência para não assumirmos comportamentos ou decisões precipitadas que nos façam perecer no “ponta da navalha” que estará demasiado aguçado, causando estragos com facilidade. É aí, em situações derradeiras e de elevada pressão, que temos que nos socorrer das nossas melhores competências para superarmos todos os desafios, sobretudo os mais arriscados, os que nos colocam no “fio da navalha”. O equilíbrio e a ponderação de todos os factores são fundamentais para que aconteçam reflexões e ações em conformidade. Não é fácil. Nunca será fácil. Por isso é que a nossa viagem é tão interessante quanto desafiante. A este propósito o grande Einstein disse-nos que a “ vida é igual a andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio é preciso que nos mantenhamos em movimento.” Em momentos mais difíceis, mantermos o equilíbrio e a serenidade, é assumirmos a vida como ela é e ao mesmo tempo continuarmos a sonhar com as manhãs claras que sempre virão depois das tempestades. O caminho ensina-nos. Ainda bem. Caso contrário nunca poderíamos ser o que somos. A viagem continua. Há muita estrada para andar e sobretudo para continuar.