OPINIóN
Actualizado 29/08/2021
Miguel Nascimento


Todos pensamos no futuro. Uns mais e outros menos. As geografias do amanhã são sempre matéria para cogitações intensas. Nelas damos expressão às nossas angústias, preocupações e inquietações. É também por esse caminho ainda por descobrir que desenhamos os dias de esperança e luz que acontecerão num tempo mais próximo ou longínquo. O grande Albert Einstein disse-nos que "nunca pensava no futuro" uma vez que "ele não tarda em chegar". Na verdade, tudo corre demasiado depressa e o futuro é um tempo absolutamente acelerado que encurta distâncias, de forma quase instantânea, com o presente e até com o passado. Vivemos entre estádios vertiginosos que nos obrigam também a decisões rápidas que, por sua vez, acompanhem os velocímetros das viagens. É aqui que o nosso discernimento deve ser mais eficaz para não nos perdermos nos tempos da nossa vida. Não podemos projectar o futuro se entretanto nos esquecermos de viver o presente. Não podemos desenhar os dias do amanhã se estivermos demasiado agarrados ao passado. A nossa liberdade começa no momento em que nos libertamos do peso de cada tempo para nos podermos focar no momento que estamos a viver e na caminhada que estamos a realizar. De facto o futuro está aí ao virar da esquina. Está quase a chegar como Einstein referiu de forma muito apropriada. Mas enquanto não chega há um mundo feito de presente que é preciso cumprir. É precisamente nesse caminho que devemos concentrar as nossas forças e todos os nossos argumentos. De vez em quando espreitaremos as janelas do futuro. Mas só a espaços e de forma leve. Se estivermos mergulhados no presente cumpriremos o destino e caminharemos em direção à luz da felicidade que vamos construindo, todos os dias, em cada momento que importa. Pensar no futuro é importante. Mas viver o presente é fundamental. Vamos a isso.

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