Carlos Lopes Pires en el Colegio Fonseca de la Universidad de Salamanca (foto de Jacqueline Alencar, 2005)
Dejo conocer la traducción que hice de este poema 'salmantino', escrito por el excelente poeta Carlos Lopes Pires (Quadrazais, aldea situada cerca de la Sierra de Malcata, junto al río Côa.1956), quien desde los cinco años residió en la ciudad de Leiria. Se licenció en Psicología por la Universidad de Coimbra, donde ahora es catedrático. Tiene cerca de cuarenta poemarios publicados: A Invenção do Tempo e Outros Poemas (Átrio, 1993), Falar às Aves (1993), O Livro de Pó (Poemas de Terra e Adeus) (1994), O Livro dos Salmos (Poemas de Redenção e Nada) (1994), O Caminho do País Lilás (Editorial Notícias, 1995), Viver (1995; 2ª ed. revista em 1997 pela Editorial Diferença), O Livro dos Cânticos (Poemas de Amor e ausência) (Editorial Notícias, 1995), A Poeira dos Dias (Editorial Notícias, 1996), A Última Ceia (Editorial Diferença, 1996; 2ª ed. revista em 1997), O Perfume da Flor (romance, Editorial Diferença, 1996), A Fuga das Cidades (Editorial Diferença, 1997), De Immenso (Editorial Diferença, 1997), Todas as Estrelas do Mundo (em co-autoria com Maria Rosa Colaço; Editorial Diferença, 1997), Alguém que tu Conheces (Editorial Diferença, 1998), Imensitude (poesia, Editorial Diferença, 1999; com fotos de Saul Neves de Jesus)?
SALAMANCA 2005 DEPOIS DE CRISTO
A Alfredo Pérez Alencart
e ao terceiro dia
conforme estava já escrito
todos os poetas se foram
e eu não sei o que se passa
comigo
pois havia rosas em Salamanca
rosas em Las Conchas
rosas no frio
rosas nas casas e nas pedras
rosas nos olhos das gentes e nos telhados
rosas e mais rosas tantas
e eram rosas em novembro
Alfredo Pérez Alencart, António Salvado y Carlos Lopes Pires, en Toral de los Guzmanes, León (foto de Jacqueline Alencar)
SALAMANCA 2005 DESPUÉS DE CRISTO
A Alfredo Pérez Alencart
y al tercer día
tal como estaba escrito
todos los poetas se marcharon
y no entiendo qué pasa
conmigo
pues habían rosas en Salamanca
rosas en Las Conchas
rosas en el frío
rosas en las casas y en las piedras
rosas en los ojos de las gentes y en los tejados
rosas y más rosas infinitas
y eran rosas en noviembre