OPINIóN
Actualizado 07/10/2018
Miguel Nascimento

Andamos tão ocupados com os nossos circuitos sem significado e sem sentido que, por vezes, nos esquecemos dos caminhos essenciais. Estamos desatentos. Não prestamos atenção. Não aproveitamos a nossa energia. Ou melhor, nem nos damos conta que temos uma energia própria e que ela nos empurra para onde desejarmos, basta que nos sintonizemos com ela para a deixarmos fluir. Para que isso aconteça precisamos acordar deste sono profundo em que há muito mergulhámos. A espuma dos dias suga-nos a energia. Exige muito de nós. E nós deixamos que isso aconteça. Deixamo-nos levar. Exigimos muito de nós. Damo-nos e gastamo-nos em espaços e tempos de pouca importância. Não aproveitamos o tempo. Não exploramos a nossa energia no caminho certo. Desperdiçamo-nos a todo o instante. Não acordamos deste sono em que nos deixámos anestesiar. A energia que vem dentro de nós está pacientemente à nossa espera para lhe abrirmos a tampa de saída. Nem todos estamos disponíveis para perceber o que a energia que nos rodeia e abraça pode fazer por nós. Não a conseguimos ver nem tocar. Mas se a pudéssemos ver e se ela pudesse ser vista mostraria mais sobre nós do que algum dia pudemos imaginar. As energias negativas estão à nossa volta. Barram-nos o caminho. Criam-nos obstáculos. Também residem em nós, consomem-nos se não as soubermos controlar e libertar no tempo certo e no espaço apropriado. Não podemos deixar que nos contagiem a nível externo e interno. Precisamos seguir em frente, criando opções e encontrando soluções. As energias positivas são como um farol que ilumina o caminho. São a força do nosso pensamento. E se nós pensarmos que podemos fazer nós fazemos. A este propósito o especialista em técnicas motivacionais, Anthony Robbins, referiu que "as nossas crenças sobre o que somos e o que podemos fazer determinam precisamente o que podemos ser." Esta é uma ideia tão simples e tão perturbadora. Sim, se nós quisermos podemos fazer. Mas, tantas vezes queremos fazer e não podemos. E não podemos porque não nos libertamos das muralhas que nós construímos para nos defendermos de inimigos que não existem. É por isso que devemos soltar as amarras do cais. Para seguirmos viagem, abrindo janelas a todas as nossas energias para elas possam entrar em comunhão com a natureza. Aí, nessa alquimia da simplicidade, em que nos metamorfoseamos em nós, acabaremos por acordar e por nos focarmos no que é essencial. E o que é essencial é sempre muito simples. É amar, cuidar e caminhar em direcção à felicidade!

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