A vida é um instante. Passa a correr. Por isso, importa valorizá-la. Dar-lhe valor. A vida está cheia de problemas. Porém, a grande virtude do ser humano reside na capacidade de os ultrapassar. O vento e as ondas do mar trazem-nos alegrias e tristezas. Por vezes, mais tristezas do que alegrias. Também por isso devemos dar mais importância às alegrias e menos, muito menos, às tristezas.
Cada pequena alegria deve ser celebrada como se fosse a última! Num tempo de incertezas e de "chão" pouco firme devemos olhar em frente e desafiar o futuro. Não devemos ter medo, apesar de tudo e de todas as circunstâncias! Existirão sempre nuvens no horizonte mas também raios de sol que as conseguem perfurar! O caminho do futuro tem pedras que, provavelmente, nos farão cair algumas vezes. Cair e levantar é um processo. Acontece em todas as etapas do caminho. A vida é feita de contrastes e de altos e baixos. Neste sentido, a vitória tem mais valor quando se conhece o sabor amargo da derrota. Devemos aprender com os erros e não ficar demasiado agarrados ao passado. É o futuro que importa! É no futuro que mora a nossa vida. O passado é uma construção de memórias e de afectos. É um baú repleto de coisas boas e más. É uma referência que não nos deve prender. Antes pelo contrário, deve ser uma bússola que nos orientará no caminho, reforçando os nossos ideais e convicções que, sem dúvida, são o nosso património. É preciso seguir em frente porque a vida é um instante. A grande riqueza reside nas coisas simples e na forma como damos asas aos nossos sonhos e afectos. É preciso dizer o que sentimos e abrir o nosso coração! Às vezes procuramos longe o que está perto. Procuramos de forma incansável e por vezes obsessiva o que está, todos os dias, perto de nós e que apenas reclama um pouco da nossa atenção! Na espuma dos dias corremos a uma velocidade vertiginosa. Muitas vezes corremos sem saber porquê.
O telemóvel toca vezes sem conta e não nos conseguimos desligar das redes sociais. Estamos sempre on-line! As televisões mastigam por nós a informação que nos querem dar. Ocupamos o nosso tempo apenas com programas de entretenimento de "fast food" e tendemos a valorizar tudo o que não nos obrigue a pensar. Pensar dá trabalho!
É uma canseira! A nossa desculpa é a mesma de sempre: não temos tempo! Andamos de um lado para o outro a fazer isto e aquilo. Estamos demasiado cansados para essas coisas! Entretanto, o telemóvel toca outra vez! É preciso ir aqui e além. Alguém vai buscar isto e aquilo. Cai a noite, nasce o dia. Começa tudo outra vez. A mesma rotina. O mesmo circuito. A mesma roda fechada que nos leva à exaustão. Não pensamos sequer na possibilidade de sairmos do circuito ou pararmos para "pensar na causa das coisas" e no sentido da nossa vida. Entre as nuvens negras do horizonte e os raios de sol que as irão perfurar há sempre um tempo que é nosso. Mesmo que esse tempo seja um instante... é nosso! Devemos utilizá-lo para contemplar o caminho que está à nossa frente e reflectir sobre a nossa viagem. Afinal, às vezes o que parece complicado torna-se tão simples se nos dispusermos a pensar na causa das coisas e a libertar as amarras que prendem a nossa vida. Não tenham medo. Sigam viagem!