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Confiar na intuição.
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Confiar na intuição.

Actualizado 15/01/2017
Miguel Nascimiento

"A vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas." Samuel Butler

Confiar na intuição. | Imagen 1

A nossa intuição é uma coisa extraordinária. A grande maioria das pessoas não a valoriza. Não a sente. Precisamos de racionalizar tudo o que fazemos. As coisas que se atravessam na nossa vida e os nossos momentos precisam de ser interpretados e vivenciados à luz do conhecimento empírico. Nesta voracidade de racionalização de tudo na maioria das vezes não há espaço para a intuição. Na nossa vida de todos os dias tomamos muitas decisões que julgamos absolutamente racionalizadas. Na verdade, a maioria delas é tomada de uma forma instantânea e intuitiva. Podemos não perceber isso mas é assim que acontece. Todos têm intuição. Todos têm a capacidade para entender, para identificar ou pressupor coisas que não dependem de um conhecimento empírico, de conceitos racionais ou de uma avaliação mais específica. Naturalmente uns têm mais capacidade para ir buscar à intuição as directrizes do caminho do que outros. Uns estão mais atentos ao seu mundo interior, ao que vem de dentro. Outros andam mais distraídos. Outros ainda, principalmente os que têm baixa auto-estima, desconfiam de tudo e até do que vem do interior das suas entranhas. Em tempo de escolhas permanentes precisamos de confiar mais na nossa intuição. Precisamos de valorizar mais o que vem de dentro e que se ajusta mais à nossa personalidade e à nossa verdadeira dimensão humana, com todas as virtudes e defeitos. O nosso interior é um espelho fiel do nosso "eu". Quando mergulhamos em processos demasiado racionalizados somos frequentemente arrastados para os caminhos dos outros. Afastamo-nos de nós e deixamos de reconhecer a nossa essência para seguirmos o carreiro da racionalização sem a emoção e a intuição que fizeram de nós quem somos. Para Blaise Pascal a intuição é o "produto da capacidade da mente de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, graças às infinitas conexões inconscientes que tornam possível à mente consciente fazer escolhas." E nós fazemos tantas coisas e outras tantas escolhas. Andamos de um lado para o outro fazendo da vida um carrossel. Não paramos um pouco para deixarmos fluir o nosso lado de dentro para nos sintonizarmos connosco e com a natureza que nos envolve e abraça. Steve Jobs disse-nos para termos a coragem de seguirmos o que o nosso coração e a nossa intuição nos dizem porque eles já sabem o que nós realmente desejamos. Por isso, o resto é secundário. Temos que aprender a confiar no nosso instinto para podermos decidir melhor. A intuição e a racionalização de base empírica não são conceitos ou processos antagónicos; antes pelo contrário, complementam-se. Mas, se confiarmos na intuição podemos seguir um caminho mais autêntico e com o qual nos identificamos mais. Esse é o caminho da felicidade porque como nos disse o escritor britânico Samuel Butler "a vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas." Tantas vezes procuramos longe o que está perto. E outras vezes procuramos incessantemente e sem sucesso o que, na verdade, está dentro de nós e que apenas precisa de um gesto nosso, uma abertura de janela, para que possa fluir como o vento que nos sussurra ao ouvido enquanto contemplamos serenamente as ondas do mar. Para Einstein "a mente intuitiva é um dom sagrado e a mente racional é um servo fiel. Criamos uma sociedade que cultua o servo e esqueceu o dom". Saibamos cuidar do nosso jardim para que as flores possam emanar o seu perfume. A partir delas talvez possamos começar a valorizar a nossa intuição para compormos a nossa vida como se de uma bela música se tratasse. E é precisamente com essa melodia harmoniosa que devemos encher o nosso coração e seguirmos o nosso caminho. Confiem na vossa intuição. Escutem o vosso lado de dentro. Sejam felizes!

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